5 casos mais bizarros de histeria coletiva

A histeria coletiva é uma psicopatia cujos sintomas se baseiam em alterações de comportamento caracterizadas por falta de controle sobre atos e emoções, ansiedade, sentido mórbido de autoconsciência, exagero do efeito de impressões sensoriais, e por simulação de diversas doenças. No vídeo acima, você pode conferir os 5 casos mais bizarros de histeria coletiva da história.

Histeria coletiva e a Dança até a morte

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Bizarro não é? Agora, gostaria de falar um pouco mais sobre o que considero ser o mais bizarro entre os casos conhecidos mais de histeria coletiva. Ele ocorreu em uma cidade francesa no ano de 1518 e ficou conhecida como Epidemia da dança. Você já ouviu alguma história sobre essa epidemia? Bom, se tudo que você conhece sobre essa história é o que viu no vídeo acima, garanto que vai valer a pena ler porque essa é uma daquelas histórias difíceis de acreditar.

Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia, viveu um carnaval nada feliz. Uma mulher, Frau Troffea, começou a dançar em uma viela e só parou seis dias depois, quando seu exemplo já era seguido por mais de 30 pessoas. Quando a febre da dança completava um mês, havia algo em torno de 400 alsacianos rodopiando e pulando sem parar debaixo do Sol de verão do Hemisfério Norte. Lá para setembro, a maioria havia morrido de ataque cardíaco, derrame cerebral, exaustão ou pura e simplesmente por causa do calor. Reza a lenda que se tratava de um bloco carnavaleso involuntário: na realidade ninguém queria dançar, mas ninguém conseguia parar.

A Time to Dance A Time to Die The Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518

Muito estranho, não é? Para provar que a epidemia de dança compulsiva não foi uma lenda, o historiador John Waller lançou, 490 anos depois, um livro de 276 páginas sobre o frenesi mortal: “A Time to Dance, A Time to Die: The Extraordinary Story of the Dancing Plague of 1518”. Segundo o autor, registros históricos documentam as mortes pela fúria dançante: anotações de médicos, sermões, crônicas locais e atas do conselho de Estrasburgo.

Uma das explicações para essa foram os altos níveis de stress (doenças como sífilis, varíola e hanseníase, fome devido a perda de colheitas e mendicância generalizada) que aquela população sofria. A mesma situação chegou a gerar outras crises coletivas de dança na Europa nessa época, e a última reportada foi em 1840. Agora esse vídeo faz sentido!

Como se toda essa história não fosse suficientemente inacreditável um especialista, Eugene Backman, que escreveu em 1952 o livro “Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine” tem uma outra teoria para explicar o que ocorreu. Sua teoria é que os alsacianos ingeriram um tipo de fungo (Ergot fungi), um mofo que cresce nos talos úmidos de centeio, e ficaram doidões. (Tartarato de ergotamina é componente do ácido lisérgico, o LSD), ou seja, foram habitantes de Estrasburgo que inventaram a rave.

Leo Cruz

Especialista em criar aquilo que um dia você vai procurar no Google. Fã de Filmes, Séries e Animes, escreve diariamente no Deveserisso.

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