Ditados Populares Errados que você sempre pensou estarem certos!

Veja a lista de ditados populares que você sempre falou errado. Foto – Porta dos Fundos.

Uma das matérias que mais atrai audiência no site é a nossa lista de significados dos ditados populares, isso deve acontecer porque essas frases são muito úteis quando resolvemos fazer alguma metáfora ou queremos resumir uma ideia em apenas algumas poucas palavras. Essas expressões são geralmente de autoria desconhecida e estão no imaginário popular há muitos séculos, mas é aí que mora o perigo.

Perigo? Sim! E se dissesse que você passou a vida inteira usando diversos ditados populares errados? Não precisa ter vergonha, alguns dos ditados mais tradicionais e usados no mundo são ditos de forma errada.

Lista ditados populares que você entendeu errado

Se você dúvida que já falou muita coisa errada, confira logo abaixo diversas dessas expressões.

Quem tem boca vai a Roma

  • Original: quem tem boca vaia Roma

A maioria das referências diz que o original deveria ser “Quem tem boca vaia Roma!” em referência a vaiar a cidade sede do império romano. Segundo o Prof. Pasquale, esse ditado está quase correto, já que o original em italiano é “Chi ha (la) lingua arriva a Roma” ou algo como “Quem tem língua chega a Roma”.

Cuspido e escarrado

  • Correto: esculpido em Carrara

Esse ditado tem uma origem muito mais artística e refinada do que a versão popular ao se referir à tradição de escultura em mármore de Carrara feita por mestres como Michelangelo.

São ossos do ofício

  • Original: são ócios do ofício

Esse ditado indica que os momentos de descanso ou benefícios são parte integrante de um trabalho, em vez de apenas os aspectos negativos ou desafios.

Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão

  • Original: batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.

Esse ditado refere-se ao crescimento das plantas de batata que ocorre quando sua rama se espalha pelo ambiente, e não a uma dispersão desordenada.

Quem não tem cão, caça com gato

  • Original: caça como gato.

A versão original para esse ditado traz uma nuance interessante sobre a adaptação às circunstâncias e a independência na resolução de problemas.

Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro

  • Original: esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro

O ditado correto é umaexpressão é utilizada para crianças que não param de se mexer e parecem estar incomodadas com bichos pelo corpo.

Cor de burro quando foge

  • Original: corro de burro, quando foge.

A expressão original faz sentido para quem já viu o estrago que um burro desgovernado e em disparada pode fazer.

Enfiou o pé na jaca

  • Original: enfiou o pé no jacá.

A possível explicação para isso remonta ao tempo em que os bares, na parte da frente, vendiam mercadorias nos jacás, cestos de taquara trançados. Quando alguém bebia demais, não era capaz de desviar e enfiavam o pé dentro dos cestos.

Hoje é domingo, pé de cachimbo

  • Original: hoje é domingo, pede cachimbo

Ditado era usado dessa forma porque fumar cachimbo era um hábito associado a relaxar e não tem dia melhor para fazer isso que domingo.

Cada um com seu cada um

  • Original: Cada um com seu cada qual.

Refere-se à ideia de que cada pessoa tem suas próprias preferências, problemas ou responsabilidades.

Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé

  • Original: Se a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha

Este ditado originou-se de uma lenda que diz que o profeta Maomé demonstrou sua fé ao fazer uma montanha se mover até ele. Embora a história não seja encontrada nos textos islâmicos tradicionais, o ditado popularizou-se no Ocidente para ilustrar a ideia de que, quando enfrentamos uma situação imutável, podemos encontrar maneiras criativas de resolver o problema.

Quem pariu Mateus que balance

  • Original: Quem pariu os maus teus que balance

Este ditado é usado para expressar que as pessoas devem assumir a responsabilidade pelas consequências de suas próprias ações ou decisões.

Quando você casar, eu danço

  • Original: Quando você casar, eu danço

Aqui o erro não está na forma de falar, mas no seu entendimento. O ditado “quando você casar, eu danço” é usado de forma irônica ou jocosa, geralmente para indicar ceticismo ou descrença em relação à realização de algo que parece improvável ou distante. É tão imporvavel que esse casamento ocorra que a pessoa se dispõe a fazer algo fora de sua rotina como dançar.

Quando você casar, o marido é seu

  • Original: Quando você casar, o marido é seu

Aqui o erro não está na forma de falar, mas no seu entendimento. O ditado “Quando você casar, o marido é seu” não tem nada haver com fidelidade, mas é apenas uma expressão um pouco engraçada para expressar gratidão ou reconhecimento por algo que alguém fez por você, mas sem  um sentido mais profundo.

Os ditados estão realmente errados?

Ditados populares que falamos errado? #pablojamilk

Você pode ter percebido que usei a expressão “ditado original” e não “ditado correto”. Fiz isso de maneira proposital, porque acredito realmente que não exista um ditado correto. No vídeo acima, Pablo Jamilk, professor de português, explica o motivo disso.

Quais são os ditados populares mais falados no Brasil?

Ditados populares são muito comuns em todo o Brasil, mas existem aqueles que são os ditados realmente populares. Veja no infográfico abaixo, da Preply, quais são os ditados populares mais falados no Brasil.

E aí, quantos ditados dessa lista você usou diferente do original durante a vida toda? Se você sentiu falta de alguma expressão, basta deixar seu comentário e vamos explicar para você!

Leo Cruz

Especialista em criar aquilo que um dia você vai procurar no Google. Fã de Filmes, Séries e Animes, escreve diariamente no Deveserisso.

4 comentários sobre “Ditados Populares Errados que você sempre pensou estarem certos!

  1. Ossos do ofício está correta. Fala das desvantagens de um determinado trabalho, ocios do ofício é um trocadilho criado com a expressão original pra falar das “vantagens” de um trabalho.

  2. vão me desculpar, mas vocês também erraram : Quem tem boca vai a rumo, quer dizer se você não tem o endereço, mas tem boca, você pergunta que você chegará. Entenderam?

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