Farto de Fazer Tolice #4 – F4AF

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Semana passada a coluna não foi publicada por conta das circunstâncias que me levaram a escrever esse texto.

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Porra, Nuno! Nem virou a folhinha do calendário e você já fez das tuas. Derrubou o cinzeiro e algum eleito vai ter de levantar da cama quente, quando já estávamos preparados pra dormir, pra limpar esse monte de cinzas.

Puta que o pariu, não é possível um gato ser tão freneticamente atrapalhado. Consegue derrubar todas as coisas, não importa a massa ou posicionamento geográfico e até superfície. Você consegue derrubar coisas que estão no chão.

Que raiva que eu tenho de todo o espaço que você ocupa. O meu, o dela e todos os travesseiros existentes na cama. E por que caralhos você resolve dormir enviesado? Ajuda amigo! Somos duas pessoas-gente e três pessoas-gato, será que você não pensa nas tuas irmãs?

Um inferno ser acordado às sete da manhã de domingo e cinco minutos antes de qualquer horário que tenho de acordar só pra servir Vossa Majestade que está com fome. Ou pior, não quer comer a ração do pote, pois já está mais velha do que teu refinado paladar suporta.

Maldito, desgraçado, um puto sem a mínima vergonha na cara.

Ódio, rancor e desprezo. Só isso e apenas isso não cabem, não estão aqui e juro, que pelo menos isso queria sentir ou fingir, até emular.

Muito obrigado por deixar eu te ajudar no último instante, limpar teu focinho no pior suspiro – logo depois da tua mãe dar toda a dignidade que você merecia ao te limpar inteiro. Que momento horrível te ver fugindo da gente.

Que merda. Ter de te abraçar que nem um babaca esperando você voltar a quebrar e derrubar todas as coisas, brigar com tuas irmãs, nos acordar em qualquer cochilo, fazer qualquer coisa. Só não queria te perder.

Desculpa. Foi foda não te elogiar.

Muito obrigado, você é Zica.